terça-feira, 26 de agosto de 2014

Você sabe o que é funcionalidade, saúde e incapacidade?

Frase do dia | Edição No 125

De volta a temática esporte e pessoa com deficiência nos órgãos do Sistema ONU, é necessário destacarmos o conceito de pessoa com deficiência elaborado ao longo dos anos e que, hoje, sustenta todas as proposições de políticas sociais a esse grupo. Segundo a Convenção sobre os direitos da Pessoa com deficiência (ONU, 2007): “Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas”. Dessa formulação, atualmente é utilizado a seguinte fórmula para descrever o conceito: deficiência = limitação funcional x ambiente. Nesse modelo, o modelo social da deficiência, são centrais os conceitos de adequação, equiparação de oportunidades e acessibilidade (física, atitudinal e de informação).

Um dos documentos que dão suporte a esse modelo para compreensão da deficiência é a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) (OMS, 2004), modelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as questões referentes à saúde e à incapacidade. Esse documento, na condição de modelo conceitual, pretende ser a base para definição, mensuração, formulação e monitoramento de políticas sociais e pesquisas relacionadas com a pessoa com deficiência, das quais a funcionalidade seja um importante balizador, como: planejamento de sistemas de segurança social; programas educacionais; políticas de saúde; regulações de acesso à tecnologia assistiva; transporte; análises econômicas para garantir a plena participação das pessoas com deficiência.

A partir das relações funcionalidade e incapacidade, sujeito e ambiente, estrutura uma forma para avaliação das possibilidades de movimento e atuação social das pessoas com deficiência e limitação funcional. Alguns pesquisadores da área da educação física e do esporte têm começado a utilizar esse documento como parâmetro em suas pesquisas.

Por: Profa. Dra. Flavia Faissal

 
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sábado, 23 de agosto de 2014

Genética, biologia molecular e risco de lesões em atletas

Frase do dia | Edição No 124

Cada vez mais a genética e a biologia molecular tem trazido contribuições importantes para a Educação Física e Ciências do Esporte. Genes candidatos (sugeridos como responsáveis pelo desempenho diferenciado dos atletas) e suas variações na população tem sido exaustivamente estudados em busca da explicação das diferenças entre atletas e não atletas. Desta vez o alvo não foi a performance, mas sim as lesões, que tanto preocupam os atletas, treinadores, preparadores, médicos do esporte e até mesmo os fãs.

Um artigo recentemente aceito para publicação no Journal of Science and Medicine in Sport, tendo como primeiro autor o Profissional de Educação Física carioca José Inácio Salles (CREF 009832-G/RJ), apresenta evidencias de uma predisposição genética para tendinopatia. Dois entre 15 genes (BMP4 and FGF3) mostraram associação com a incidência de tendinopatia em atletas de voleibol, permitindo aos autores "especular" (SIC) que é possível identificar entre os atletas aqueles com maior risco da doença.

Por: Prof. Ms. Marco Machado


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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Trigger Points ou "pontos-gatilho"

Frase do dia | Edição No 123

Altas demandas da musculatura posterior do ombro podem causar trigger points ("pontos-gatilho", nódulos sensíveis e palpáveis que podem produzir dor) em atletas praticantes de lançamentos.

Contrações repetitivas, ainda que leves, contrações excêntricas e contrações concêntricas máximas ou submáximas são alguns dos motivos desencadeadores de trigger points em outras populações além de atletas de competição.

Por: Ft. Ms. Paulo Alexandre S. Azevedo


 
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sábado, 16 de agosto de 2014

Mais um benefício do exercício físico: promoção da microbiologia intestinal

Frase do dia | Edição No 122

Além de todos os benefícios já "conhecidos" da atividade física na nossa saúde, a ciência descobre mais um! O exercício altera a microbiologia intestinal, aumentando a quantidade de bactérias digestivas que ajudam no combate a obesidade, ajudando na digestão e melhor absorção de nutrientes.

Por: Prof. Drd. Marcelo Baldanza


Referência:


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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

World Cup 2014! Aquecimento Pré-Jogo: Alongamento dinâmico vs. Alongamento estático. ‘Até quando teremos esse paradigma?’

Frase do dia | Edição No 121

Depois da excelente discussão acadêmica no post do professor Leo Cabral com a foto da seleção brasileira fazendo alongamento estático como parte do aquecimento pré-jogo, deixo aqui mais um pouco dessa reflexão.

Na semana passada assistindo a uma reportagem sobre o jogo da Alemanha e Estados Unidos, observei os movimentos no aquecimento dos atletas (vídeo) que me chamaram atenção para essa discussão. Dois países referências em universidades e investimento em educação, mostrando a aplicação prática de suas pesquisas com esporte. Em adendo, a FIFA nos últimos anos através de pesquisas com futebol implementou um programa específico para diminuir lesões em atletas, chamado ‘FIFA 11+’ que constitui de exercícios de aquecimento com alongamento dinâmico, estabilidade, mobilidade, força, agilidade, velocidade de reação (McKay, Steffen et al. 2014, Owoeye, Akinbo et al. 2014). Corroborando com nosso estudo e aplicação desses métodos de aquecimento desde 2010 (Costa, Medeiros et al. 2011).

Na última década o número de referências com impacto (Qualis A1 A2) cresceu a favor do aquecimento- alongamento dinâmico, mobilidade, estabilidade (Bird and Stuart 2012) (McMillian, Moore et al. 2006). Em paralelo, outros estudos mostrando efeito deletério na força com alongamento estático antecedendo uma atividade/treinamento também aumentaram (Rubini, Costa et al. 2007) (Costa, Ryan et al. 2009) (Behm and Chaouachi 2011) (Trajano, Seitz et al. 2013) (Woods, Bishop et al. 2007) (Bishop 2003). Porém a ciência é ambígua, não posso deixar de mencionar que no mês de Março foi publicado um excelente estudo apresentando resultados diferentes, mostrando a diminuição na força após dois movimentos de alongamento dinâmico feito previamente. Esse resultado fortalece a discussão sobre o tema somando a outro estudo de 2013 com o mesmo resultado (Herda, Herda et al. 2013, Costa, Herda et al. 2014). Para quem não tem uma opinião sobre o assunto, esses ‘papers’ devem ajudar a entender o cenário.

Para terminar, o alongamento estático também é importante, a mobilidade é importante para qualidade de vida (Coelho and Araújo 2000, Cunha, Burke et al. 2008) e melhora do padrão motor em vários movimentos complexos, mas talvez em outro momento do treinamento dentro do microciclo. (McGill, Karpowicz et al. 2009, Battaglia, Bellafiore et al. 2014) (Caplan, Rogers et al. 2009) (Imagama, Matsuyama et al. 2011).

 
 
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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Idosos hipertensos não devem treinar?

Frase do dia | Edição No 120

Uma recomendação muito comum é de que pacientes idosos devem restringir-se a um regime de treino "leve" (seja lá o que isso queira dizer). No caso dos hipertensos, parece que o monstro de sete-cabeças ganha chifres e cospe fogo: aí é que “nem pensar um idoso hipertenso levantar peso”! Afinal, treino de resistência aumenta a pressão intra-abdominal ao se realizar uma manobra de Valsalva na tentativa de estabilizar o tronco e acaba por elevar a resistência vascular periférica, o que em última análise levaria a um aumento ainda maior da Pressão Arterial, certo? ERRADO! Os estudos se amontoam e a literatura médica é vasta já ao demonstrar que o treinamento de força com cargas intermediárias até sub-máximas (entre 10RM-1RM), tem importante papel em reduzir os níveis tensionais. Alguns trabalhos inclusive mostram redução da pressão mais importante nos treinos de força do que nos clássicos e preconizados aeróbicos. Para embasar, o artigo de 2013 de Kim & Kim, que submeteu IDOSOS HIPERTENSOS (mais de 68 anos) ao treinamento de força (10 RM) 5x/semana durante um ano, demonstrou uma redução de 3,79% de gordura, 10,4% do LDL (colesterol ruim), 6,26% e 5,24% na pressão arterial sistólica e diastólica, respectivamente, e aumento de 2,81% de massa magra. Todos com significância estatística!

Por: Dr. Pietro Mannarino

Referência:


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terça-feira, 5 de agosto de 2014

Efeito do exercício na Síndrome do Pânico, uma das doenças mais incapacitantes do mundo

Frase do dia | Edição No 119

A Síndrome do Pânico é um transtorno de ansiedade que gera ataques de medo intenso. Segundo a Organização Mundial da Saúde, é a 17ª doença mais incapacitante do mundo. No estudo de Raphael Marques Gomes, que contou com a participação de importantes referências internacionais, como a Profa Dra. Andrea Deslandes e o Dr. Claudio Gil, pacientes com Síndrome do Pânico submetidos a 24 sessões (duas por semana) de exercício na esteira (75% VO2max) apresentaram respostas positivas em escalas que avaliam o impacto da desordem, como por exemplo, a agorafobia, ansiedade cardíaca e sensações corporais. O estudo demonstrou que o exercício físico, devidamente controlado, pode ser considerado uma terapia não farmacológica segura e eficiente.


Referência:

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